quarta-feira, 23 de junho de 2010

Os mais belos Pontos Turísticos do Amapá


Casa do Artesão

É o maior centro do artesanato amapaense, o principal objetivo dessa instituição é fomentar a atividade artesanal no Estado e promover a geração de trabalho e renda aos artesãos locais, possibilitando assim, a exposição e a comercialização de seus produtos. O artesanato indígena também está presente, representado pelos trabalhos dos povos Waiãpi, Karipuna, Palikur, Galibi, Apari, Waina, Tirió e Kaxuiana. Na confecção das peças são utilizados o vime, madeira, argila, fibra vegetal, sementes, penas, entre outros elementos retirados da natureza, sem impactar o meio ambiente

Cachoeira de Santo Antonio

A Cachoeira de Santo Antônio localiza-se no Município de Laranjal do Jari, a 270 Km de Macapá, Capital do Estado do Amapá. A precipitação é de 2000mm/ano, sendo o período de janeiro a junho o de maior intensidade de chuvas, quando a Cachoeira atinge o maior volume d'água. Formada por processos vulcânicos ocorridos há milhões de anos atrás, com quedas d'água a despencar de uma altura de trinta metros. Cercada pela floresta tipicamente Amazônica, proporciona um cenário de rara beleza e exotismo no interior da Amazônia Oriental e constitui um patrimônio paisagístico que deve ser preservado para as presentes e futuras gerações.

Cachoeira Grande

Localizada na Região Centro Leste do Estado, entre os Municípios de Amapá e Calçoene, à 302 km de Macapá, o acesso e feito pela BR 156, sendo excelente para o banho. A cachoeira é formada de corredeiras sobre formações rochosas que culminam com uma precipitação de médio porte em forma de cascata.


Centro de Cultura Negra

Inaugurado dia 05 de setembro de 1998, no bairro do Laguinho, representa a revitalização e a valorização da cultura negra no Amapá. Com seis blocos edificados numa aérea de 7,2 mil m2. Sua área contempla um Anfiteatro, Museu do Negro, Auditório, Espaço Afroreligioso, Sala de Múltiplo Uso e Administração. Trata-se de um espaço cultural democrático que é utilizado principalmente para divulgar e preservar a cultura afro- Brasileira.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

LENDAS AMAPAENSES

LENDA DO TAMBOR

O tambor ressoava à noite e era ouvido pelos pacatos moradores da Vila do Curiaú. A mensagem trazida pelo batuque era ininteligível para os negros, na maioria descendentes de africanos, mas que há muito esqueceram o dialeto tamborístico de seus locais de origem.
O mesmo não acontecia com preto Tucuim, 101 anos nas costas, pele enrugada, mas corpo firme, uma espécie de líder na comunidade, que silenciava quando ouvia o ribombar dos tambores, como se ali estivesse sendo passada uma mensagem funesta de seus ancestrais. De onde vinha o som não era sabido. De algum ponto da floresta, talvez.
De início, sem compreender a mensagem, Tucuim mandou dez de seus negros à procura do interlocutor, mas por mais que estes se embrenhassem na mata o som parecia vir de cada vez mais longe, bem difícil de braços humanos conseguirem batucar com tamanha violência, e assim fazer a mensagem chegar à aldeia.
Sempre à noite, Tucuim metia-se em sua barraca de palha e ficava atento. O som lhe vinha os ouvidos. Até que uma noite o rosto negro empalideceu e muitas rugas vieram se unir à primeira, demonstrando preocupação e terror. Tucuim entendia. Uma providência urgente precisaria ser tomada, Agora, todas as noites, o batuque não era mais de tambor. Para Tucuim, era uma voz que previa desgraça e mortes na pequena aldeia, caso suas determinações não fossem cumpridas. Por dias Tucuim manteve-se pensativo, preocupado. Finalmente o negro levantou-se da rede, puxou uma longa baforada no cachimbo e reuniu a tribo. Airá, seu filho, foi ter com ele, para saber o porquê da ordem de sacrificar um boi para ser queimado em holocausto sem que os membros da aldeia, que vinham sofrendo fome, pudessem usufruir da carne. Tucuim pronunciou poucas palavras, mas que aterrorizaram o jovem.
- Meu filho, antes um boi com seu sangue e cabeça, que a morte do povo, mulheres e crianças. Seja feita a minha vontade e da deusa Taimã!
Tucuim sabia. Sabia e estava preocupado, profundamente preocupado. À noite todo o povo se pintou com sumo de tucumã e bacaba. Uma das três vacas que proviam de leite a aldeia foi colocada em um altar feito com grossas toras de árvores. Antes que o sacrifício fosse feito, ouviu-se a voz de Tucuim, profundamente amargurada.
- Meus irmãos, meus filhos, uma grande desgraça veio se abater sobre nós. Eis que nosso povo esqueceu seus costumes e já não venera seus deuses. No tambor, que quase todos ouvem na mudança da lua, a deusa Taimã, que muito ajudou nossos ancestrais, diz: “Ó povo de Curiaú. Ó desgraçados, vocês esqueceram de suas origens e agora adoram outros deuses. Eis que minha ira cairá sobre vós. Na primeira lua cheia a aldeia será banhada em sangue. Serão muitos os mortos e nesse dia as mães chorarão seus filhos. Mas, ah, povo desgraçado, ainda há uma chance de evitar esse mal. Um dia antes da lua cheia, todos os primogênitos deverão ser levados para o centro da floresta e deixados sem pão e água. Eu os trarei para meu reino e minha ira será aplacada.
Tucuim continuou:
- Meus irmãos, o boi que será apresentado em holocausto vai junto com muitas orações minhas, na tentativa de aplacar a sede de deusa Taimã. Todos devem dançar e orar esta noite, pedindo misericórdia, para que muitos dos nossos não sejam sacrificados.
E durante toda a noite os tambores voltaram a falar. Tucuim se desesperou. Que seria da aldeia sem as crianças? Sem continuidade de espécie em breve não existiria mais o Curiaú. A vingança da deusa seria tremenda.
Durante toda a noite Tucuim meditou e pela manhã anunciou ao povo que iria à floresta e se apresentaria como sacrifício. Naquele dia todos choraram por seu destino. Tucuim não levou nem pão nem água, mas somente a bolsa com fumo para esperar a morte certa. Seguiu para a floresta, onde permaneceria por três dias. No segundo dia acendeu uma fogueira para se aquecer e viu que do fogo saía uma fumaça negra, de incenso e enxofre. A deusa personificou-se diante de seus olhos. Majestosamente dirigiu-se ao negro:
- Tucuim, meu servo fiel desde o início dos tempos, como foram seus ancestrais. Por que te sacrificas por um povo que não merece?
- Minha deusa, não posso deixar as crianças perecerem. Leva meu corpo e assim aplacarás tua ira, mas deixa meu povo em paz.
- Volta para tua aldeia, Tucuim. Teu povo está salvo. Neste momento todos clamam por perdão. Com tua sabedoria conseguistes converte-los novamente a mim. Vá em paz. De hoje em diante não haverá mais fome. E que ninguém esqueça das minhas palavras.
E assim Curiaú foi salvo. Hoje, décadas depois, ainda não se ouviu o tambor da morte proclamando a ira da deusa negra, pois a história, passada de pai para filho, faz com que todos os descendente africanos ali existentes sigam fielmente os mandamentos e venerem seus deuses.

domingo, 20 de junho de 2010

LENDA DO RIO OIAPOQUE

Os índios mais antigos costumam contar a seus filhos e netos, um lenda que aprenderam com seus antepassados. Trata-se do nascimento do Rio Oiapoque. A lenda é a seguinte:
Há muitos e muitos anos, em uma aldeia, o povo passava fome, porque a caça já estava escasseando e as árvores morriam por falta de chuva. Crianças adoeciam e os mais velhos, alquebrados pelas dificuldades, começavam a morrer.
Certo dia uma índia grávida chamada Adejací, vendo que seu curumim certamente morreria de fome se nascesse em meio àquela miséria, resolveu fugir da aldeia e procurar um lugar melhor para que pudesse ter sua cria
Dias depois, longe de tudo, a indiazinha sentiu saudades do seu povo e começou a chorar. Ainda chorando, pediu à Tupã que a transformasse em uma cobra muito grande e, assim, pudesse andar pelas matas à procura de um local aprazível para construir uma nova aldeia. Tupã, compadecido pelo ato de coragem, fêz o que lhe foi pedido.
Por meses, aquela imensa cobra vagou em busca de algum lugar onde houvesse comida e água em abundância. Ela era tão imensa, que por onde passava deixava grandes sulcos na terra.
Um dia, a índia transformada em cobra, encontrou um vale muito bonito, com muita água, muitas frutas e caças em abundância. Voltou para avisar seus irmãos de tribo sobre o ocorrido. Era tanta sua felicidade, que esqueceu-se de pedir a Tupã que desfizesse o encantamento.
Bem próximo à aldeia, Adejaci sentiu as dores do parto e teve sua cria ali mesmo, na mata. Os índios, vendo aquilo, mataram a criança, imaginando que fosse bruxaria. Adejaci ficou furiosa, mas não quis atacar seus irmãos de tribo. Sentida com a morte do filho, começou a chorar. E era um pranto tão sentido, tão violento, que as lágrimas, em cascatas, preencheram os sulcos deixados por ela, transformando-os em um rio.
Adejaci não quis mais voltar a ser gente. Mergulhou nas águas e adormeceu no fundo do rio. Os índios garantem que nas noites de lua cheia, nas águas se formam grandes rebojos. É Adejaci, transformada em cobra, suspirando pela falta do filho.
Quando ela chora, as águas voltam a subir de tal maneira, que alagam as ilhas próximas. Por isso o lugar é chamado de Oiapoque, que na etimologia indígena significa "Rio da Cobra Grande”, muito embora se tenha a etimologia waiapi, que dá outro significado: “Rio dos Guerreiros”.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Os Mais Belos Pontos Turisticos do Amapá - Fotos

Cachoeira de Calçoene - Amapá



Rio Pedreira - Oiapoque - Amapá



Sítio arqueológico de Calçoene - Amapá (Conhecido como Stonehenge do Amapá) abriga pedras monolíticas estrategicamente posicionadas no solo. Foto: (Marcomede Rangel)




Cachueira do Laranjal do Jari - Amapá





Cachueira do Firmino - Calçoene - Amapá